Podemos ler um livro que nos instrua a pensar sobre a bondade, com pensamentos de amor e luz, mas quando nos sentirmos irritados, teremos sérios problemas. Práticas superficiais de “pensamento positivo”, podem nos fazer sentir medo de nossas emoções naturais, não nos ajudam a entender por que as temos. Talvez consigamos escondê-las de forma astuta, isto poderá até nos adoecer. Quando tentamos ser “bons,” nestes casos, mais inferiores podemos nos tornar em nossa mente.
Podemos questionar o que pensamos de nós mesmos?
- No dia-a-dia,
- Do corpo.
- Relacionamentos com as outras pessoas.
Podemos fazer estas perguntas a nós mesmos, escrevê-las ou gravá-las, como uma forma de externá-las. Ao percebermos o surgimento de emoções desagradáveis, devemos parar um momento em um esforço para identificar as fontes. As respostas estão disponíveis, devemos aceitar esses sentimentos como nossos, no momento, sem empurrá-los para baixo do tapete. Não devemos ignorá-los e nem tentar substituí-los por pensamentos que consideremos “bons”.
Primeiro devemos nos conscientizar da realidade de nossos sentimentos. Ao nos tornarmos mais consciente de nossas crenças, durante um período de tempo, veremos como elas provocam automaticamente certos sentimentos.
- Um homem seguro de si não se zanga com cada pequena ofensa que lhe fazem, nem carrega mágoas.
- Um homem inseguro em relação a seu próprio valor, porém, fica furioso nas mesmas situações.
O livre fluxo das emoções sempre nos levará de volta as nossas crenças conscientes, se estas não forem impedidas. Sentimentos mudam o equilíbrio químico do nosso corpo e alteram a produção hormonal, mas o perigo surge apenas quando nos recusamos a enfrentar os conteúdos de nossa mente consciente.
A intenção do autoconhecimento, do enfrentamento da realidade de nossa experiência, pode ser benéfica, gerando emoções que logo irão produzir energia e estímulo, é pessoal e ninguém pode fazer isso por ninguém.
Ao acreditarmos que saúde mental significa estar sempre animado, sermos resolutos e bondosos, e nunca chorarmos nem nos mostrarmos decepcionados. Este tipo de crença, por si só, pode nos levar a negar dimensões muito naturais da experiência humana e impedir o fluxo de emoções que poderia, de outra forma, limpar tanto nosso corpo como mente.
Se estivermos convencidos de que os sentimentos são perigosos, a própria crença irá gerar um medo de todos eles, e poderemos ser quase que dominados pelo pânico ao demonstrarmos qualquer coisa que não seja um comportamento calmo “razoável.” Nossas emoções, poderão parecer-nos imprevisíveis, extremamente poderosas, devendo ser dominadas a qualquer custo. A tentativa de estrangular nossos sentimentos naturais terá seu custo, mas é a crença em si que devemos culpar, e não as emoções. Qualquer uma das condições mencionadas nos tira de nosso senso interior de equilíbrio. A graça natural de nosso ser, pode ser perturbada.