É necessária uma aquiescência a crenças, especialmente no início da vida, mas não há razão para ficarmos presos a crenças ou experiências da infância. O problema de algumas dessas crenças é que, embora algumas sejam obviamente reconhecidas como prejudiciais ou tolas, outras ligadas a elas podem não ser tão facilmente compreendidas.
Imaginemos a crença no pecado original, não é óbvio o fato de que muitos de nossos atos são motivados por uma crença na culpa. Existe uma ligação entre as crenças, mas não estamos acostumados a examiná-las. Podemos dizer: “Estou acima de meu peso porque me sinto culpado sobre algo do meu passado.” Poderemos tentar descobrir o que aconteceu, mas nesse caso, o problema é uma crença na própria culpa.
Não precisamos carregar uma crença específica, nossa civilização tem por base ideias de culpa e punição. Muitos de nós têm medo de que, sem um sentimento de culpa, não haja disciplina interior e o mundo enlouqueça. O mundo está enlouquecido, não a despeito de nossas ideias de culpa e punição, mas, em grande parte, por causa delas.
Ideias passadas por nossos pais estruturam nossas experiências de aprendizado, estabelecem fronteiras seguras dentro das quais atuamos em nossos primeiros anos de vida e nos dias atuais.