Nós não temos agora o mesmo ego que tínhamos cinco anos atrás, mas não estamos conscientes das suas mudanças, ele sai daquilo que somos. É uma parte da ação de nosso ser e de nossa consciência.
Nosso olho não pode ver as mudanças de suas próprias cores e expressões, não estamos conscientes do fato de que vivemos e morremos constantemente. Não percebemos as mudanças de nossa estrutura atômica, não temos consciência que nosso ego muda, ele morre e renasce continuamente.
Fisicamente, a estrutura de uma célula retém sua identidade, mesmo enquanto a matéria que a compõe é continuamente alterada. Ela se reconstrói segundo seu próprio padrão de identidade, faz parte de uma ação emergente e viva, respondendo em meio a suas numerosas mortes.
Vários nomes são dados a formas estruturais psicológicas, estes nomes nada significam, mas sim as estruturas por trás deles.
Tais estruturas psicológicas também retêm nossa identidade, seu padrão de singularidade, mesmo mudando, morrendo e renascendo constantemente.
O olho, surge da estrutura física, o ego, da estrutura da psique, eles não podem ver a si mesmos, ambos se dirigem para fora. Um a partir do corpo físico, o outro, a partir da psique interna, em direção ao ambiente, para fora.
A consciência criativa corporal cria o olho e a psique criativa interior cria o ego.
O corpo forma o olho na esplêndida sabedoria de seu grande conhecimento inconsciente. A psique produz o ego que percebe psicologicamente, da mesma forma que o olho percebe fisicamente.
Tanto o olho como o ego são criações orientadas para a realidade exterior.
“Tanto o olho como o ego são criações orientadas para a realidade exterior.”
Agradecimentos ao grupo SETH e ao amigo Luiz Garavello