Através dos tempos, filósofos, cientistas, teólogos e todos os que pararam para pensar nos porquês das coisas, têm se questionado sobre a experiência e o sentido da vida e da morte.
Os Adeptos do Absurdo decidiram que a vida e a morte não têm significado, então a melhor coisa que se tem a fazer é ignorar a morte até que ela ocorra e, se você ainda estiver vivo, ignorá-la logo após ter ocorrido.
Os Adeptos da Resistência vêem a vida como boa e a morte como má e fazem tudo o que podem para prolongar a vida e evitar a morte, sem considerar a qualidade de vida ou o desejo de morrer.
Os Adeptos do Pós-Vida dizem que a vida é um lugar de provação. Se você segue as regras, terá uma vida diferente e melhor após a morte, mas se você contraria as regras, terá uma vida diferente e pior após a morte.
Os Adeptos das Vidas Cíclicas afirmam que a essência de uma pessoa experimenta a vida e a morte, em um ciclo repetitivo, até que pela graça divina, pelo esforço individual ou pela evolução gradual não existe mais necessidade de nenhuma das duas.
Naturalmente, com os humanos sendo tão criativos, há muitas variações e alternativas para o que foi dito acima. Aqui está uma delas derivada dos Princípios de Huna.
Primeiro, a vida e a morte existem como experiências. Os sentidos e as consequências da vida e da morte são decididos por você com base no que outra pessoa lhe ensinou ou em suas próprias conclusões. Não importando o que a vida e o que a morte possam de fato ser, suas crenças sobre elas irão governar os seus pensamentos e suas ações relacionadas a elas.
Segundo, o Huna assume que a existência é infinita e, dessa forma, a vida e a morte, o tempo e o espaço são diferentes nomes para diferentes tipos de experiências.
Terceiro, uma crença é apenas uma forma de organizar suas percepções ou expectativas para permitir a você certas experiências e não permitir outras. Reorganizando suas percepções e expectativas sobre a vida e a morte você poderá mudar a forma de experimentá-las.
Quarto, toda experiência está acontecendo agora. O tempo é meramente uma crença. Para as pessoas do passado, neste momento você ainda não nasceu. Para as pessoas do futuro, neste momento você já está morto.
Quinto, vida e morte são parte do impulso em direção à realização que chamamos amor. O amor muda como o amante e o amado e sem mudança não há existência.
Sexto, o poder da vida e da morte vem de dentro. Não de dentro da personalidade ou do corpo, mas da nossa fonte espiritual infinita. Fatores “externos” podem influenciar o momento certo ou o modo de vida e de morte, mas não provocam a experiência.
Sétimo, sem dar importância ao que qualquer outra pessoa diga sobre a vida e a morte, o que realmente importa para você é o que você pensa. Você tem o direito de escolher qualquer conjunto de idéias ou crenças sobre a vida e a morte que façam sentido para você e que o ajudem a lidar com essas experiências.
por Serge Kahili King
do texto original “Life, Death and Huna”
Tradução de Luiz Carlos Jacobucci (Brasil)