Associação de Estudos Huna

Navegação por categoria Artigos

Artigos

A Terra

A Terra

Insetos, pássaros e animais cooperam na aventura terrestre, produzindo o ambiente natural. Nossas consciências criam o mundo, marcando-o com uma coloração emocional.

O mundo é um produto natural de nossas consciências.

Sentimentos e emoções emergem nesta realidade, de uma maneira precisa. Pensamentos aparecem, crescendo em um canteiro plantado.

Estações surgem, formadas por antigas modulações de sentimentos, sendo sustentados por ritmos profundos e duradouros. São o resultado de aspectos criativos inatos que constituem uma porção de toda a vida. Esses aspectos antigos estão profundamente enraizados nas psiques de todas as espécies, e delas emergem os padrões individuais, os projetos específicos de novas diferenciações.

O corpo da terra tem sua própria alma, ou mente, montanhas, oceanos, vales, rios, e todos os fenômenos naturais brotam da alma da terra.

Também os eventos e objetos manufaturados, surgem da mente interior ou alma da humanidade.

O mundo interior de cada um de nós está conectado com o mundo interior da terra, onde o espírito se faz carne.

Parte de nossas almas, está intimamente conectada com a alma do mundo, ou alma da terra.

A menor folha de grama, ou flor, tem consciência desta conexão, sem raciocinar, compreendem sua posição, singularidade e fonte de vitalidade.

Os átomos e moléculas que compõem os objetos, do nosso corpo, mesa, pedra ou rã, captam este imenso impulso criador que sustenta nossa existência, sobre o qual apoiamo-nos individualmente, todos diferenciados e seguros de si mesmos.

Agradecimentos ao grupo Meta-física e ao amigo Luiz Garavello

Artigos

Awa – A Bebida Feita Com Ti

Nana I Ke Kumu – Em Busca da Origem

Autores: Mary Kawena Pukui E.W. Haertig, M.D. Catherine A. Lee

Folhas de Ti

As folhas de ti são folhas verdes de uma planta tropical da família do lírio (Cordyline Terminalis), que eram utilizadas para proteger contra o mal e para invocar a proteção dos deuses. Eram também usadas para várias finalidades domésticas.

Derivação: Originalmente, ki. Não há outra origem conhecida. “Sempre que mulheres havaianas vão a um lugar sagrado (local de um templo muito antigo), colocam de forma muito disfarçada as folhas de ti dentro dos sutiãs. Assim, sentem-se a salvo”. Mary Pukui declarou isso em 1969.

Dois anos antes o jornal local noticiou o caso de três jovens mulheres que foram “visitadas por espíritos malignos”. Auxiliadas por um policial havaiano, as mulheres usaram folhas de ti e borrifaram os aposentos com a purificadora água fresca e sal (p’kai) para se livrarem da presença dos espíritos.

Um membro da diretoria do Centro relembra uma experiência ocorrida em 1959: “Estávamos na Ilha Havaí quando o Kilauea Iki entrou em erupção. Todos correram para ver o vulcão. Uma de nossas parceiras ficou com muito medo de ir porque estava menstruada e o sangue menstrual é tabu (kapu) e uma ofensa à Pele, deusa do vulcão. Mas havia uma professora japonesa entre nós que conhecia todos os costumes havaianos… Ela caminhou um pouco e trouxe uma folha de ti para a companheira usar e, assim, ela pode ir conosco. A folha de ti consertou a situação.

Os três exemplos demonstram a continuidade da crença de que as folhas verdes de ti possuem qualidades místicas que protegem contra espíritos, liberam tabus e invocam as bênçãos, suplantando a ira dos deuses. A origem dessa crença perdeu-se no tempo. No entanto, sabe-se que o uso das folhas de ti em cerimônias religiosas era feito sob a lei dos deuses (k’n’wai akua).

Mrs. Pukui relata alguns dos usos tradicionais do ti: “Antes das folhagens serem colocadas no altar da hula’i, os pilares de manutenção eram envolvidos com folhas de ti… Uma pessoa que transportasse comida, especialmente carne de porco depois do anoitecer, estava sujeita a ser atacada por fantasmas famintos. Folhas de ti atadas em volta do alimento davam proteção total… A bebida awa oferecida aos espíritos durante uma sessão era preparada e servida em folhas de ti. O espírito que possuía o médium dizia o número e a disposição das folhas”.

A origem havaiana no Taiti está implícita na menção de Mrs. Pukui sobre a caminhada no fogo no Havaí a qual ainda é praticada no Taiti, onde se usa as folhas de ti. “Ti era importante na caminhada no fogo. Ninguém seria capaz de andar no leito de lava que era resfriado apenas o suficiente para suportar o peso do caminhante, sem que este levasse nas mãos folhas de ti. Minha bisavó costumava andar na lava quente dessa forma e nunca se queimou. Nossa linhagem familiar vem dos sacerdotes de Pele e Pele é a deusa dos vulcões. Assim, as folhas de ti invocavam a proteção de Pele.

Mrs. Pukuik conta-nos a historia do uso do ti para remover o kapu sobre o sangue menstrual. O ti protegia a mulher menstruada quando precisava cruzar os domínios de Pele. Meias curtas, braceletes e uma lei (grinalda) feitas de folhas de ti eram usadas pela mulher. De ambos os lados caminhava um homem segurando um talo de folhas de ti como um kahili (estandarte de penas da realeza). Estes eram os procedimentos para emergências de viagem. Comumente, as mulheres menstruadas eram segregadas na hale pe’a (casa menstrual ou local para menstruadas). Mas mesmo ai, o ti tinha sua utilidade.

Queen Li li ‘uokalani Children’s Center “Como um sinal de que estavam em contato com haumia (sangramento), mas protegidas por uma planta respeitada pelos deuses, as mulheres que levavam alimentos para todas na hale pe’a, usavam folhas de ti, Mrs. Pukui, explica.

Ti era também usada para exorcizar um espírito do mal, especialmente quando possuía (noho) uma criança ou alguém incapaz de falar. Mrs. Pokui, relata: “O kahuna fazia com que o possuído deitasse com os pés voltados para a entrada. A seguir batia nele de forma suave, da cabeça aos pés com as folhas de ti. Depois disso, agitava as folhas fora da porta, como se estivesse sacudindo um pano de limpar pó. Isso era feito para mover o espírito possessor para fora da casa. A cerimônia se chamava kuehu (sacudir). A fim de proteger o paciente de outras molestações, folhas de ti eram colocadas sob a esteira de dormir”. Ou: “Quando uma criança pequena estava possuída, o kahuna ou os pais podiam colocar folhas de ti em água com sal e dar para criança beber”. Estes eram os usos sagrados e simbólicos do ti.

As versáteis folhas eram também usadas sem nenhuma irreverência em todos os tipos de atividades domésticas, desde corda para embalar alimentos, até remédios para tosse. Comidas preparadas nas folhas de ti continuam a deliciar tanto os havaianos, quanto os turistas amantes do lu’au. O ti também servia como bandeira de tréguas em batalhas. Ti como ritual, símbolo de proteção é ainda hoje utilizado por aqueles que se identificam com o passado havaiano. Usa-se sempre a folha verde (o ti colorido foi importado muito mais tarde e não possui o tradicional valor de proteção. De fato, o ti colorido é usado em túmulos na Samoa Ocidental e a opinião de que se trata de uma planta para funeral chegou ao Havaí).

Em algumas comunidades havaianas bem isoladas, as mulheres menstruadas usam lei (adornos) feitos com folhas de ti na privacidade de seus lares. Uma jovem mulher que ainda fala e pensa em havaiano explica: “Quando fico inquieta ou amedrontada e tenho a sensação de que algo está junto a mim, no mesmo local, uso folhas de ti”. Nessa situação, as folhas de ti são usadas frescas e ligadas fora sem nenhum cerimonial, quando murcham.

Como em muitos conceitos religiosos havaianos, a crença no simbolismo protetor do ti é muitas vezes misturada ou disfarçada nas interpretações cristãs. Um bom exemplo é dado por um cliente do Centro, atemorizado por um ‘umi, (sensação de sufocamento durante a noite) e que colocou a bíblia em baixo da esteira em vez das folhas de ti e dormiu muito bem sem a sensação ou medo de estrangulamento. No entanto, muitos outros clientes que reportam um intenso medo porque estão vendo fantasmas ou ouvindo vozes dos espíritos esquecem-se completamente das folhas de ti como proteção. Essa lembrança do que é temível e o esquecimento do que é tranquilizador tornou-se atualmente um tema recorrente na cultura havaiana.

Artigos

Pensamento Positivo

Pensamento Positivo

Livros sobre pensamento positivo (embora às vezes tenham valor), em geral, não levam em consideração a natureza habitual dos sentimentos negativos, as agressões ou repressões, que com frequência, são varridos para baixo do tapete. Não explicam como os pensamentos e emoções causam a realidade.

Os autores destacam que devemos ser:

  • Positivos,
  • compassivos,
  • fortes,
  • otimistas,
  • cheios de alegria
  • e entusiasmados.

Não mostram como podemos sair de uma determinada situação em que nos encontramos, sem revelar o círculo vicioso que parece nos prender, nem levam em consideração os aspectos multidimensionais.

Cada personalidade, embora regida por leis gerais definidas, precisa encontrar e seguir sua própria maneira de adaptar-se a uma situação pessoal.

Exemplos:

  • Se a saúde for precária, podemos remediá-la.
  • Relacionamentos pessoais insatisfatórios, podemos mudá-los para melhor.
  • Viver na pobreza, podemos encontrar-nos cercado de abundância.

Devemos compreender e perceber estes aspectos (ou não), pois perseguimos nossa condição atual com determinação, usando muitos recursos, por fins ou razões que em certa ocasião faziam sentido para nós.

Se nascemos em determinada condição, poderá nos parecer que essas circunstâncias nos foram impostas. Não o foram até certo ponto, podem ser mudadas para melhor, mas é preciso esforço e determinação.

Não somos impotentes para mudar nossos eventos, cada um de nós, independentemente de nossa posição, status, circunstâncias ou condição física, estamos no controle de nossa experiência pessoal.

Vemos e sentimos o que esperamos ver e sentir, o mundo, como conhecemos, é um quadro de nossas expectativas. O mundo como raça humana, é a materialização coletiva de nossas expectativas individuais expressas no coletivo. Filhos vêm de nossos tecidos físicos, o mundo é resultado de nossa criação conjunta.

A existência dos pensamentos e sentimentos negativos não serão maquiadas, nem nossa capacidade de lidar com eles, estão sob nosso controle.

Podem ser usados como trampolins para nossa criatividade.

Agradecimentos ao grupo Meta-física e ao amigo Luiz Garavello

Artigos

O Verdadeiro Lugar e o Lugar Certo

Existe uma diferença vital entre o verdadeiro lugar e o lugar certo, diferença que podemos entender.

O verdadeiro lugar é o que idealizamos, estar com saúde plena, feliz, genuína prosperidade, harmonia e paz. Este lugar está a sua espera em algum plano ou dimensão e o que é mais importante é que ninguém pode ocupá-lo a não ser você. Este é o seu verdadeiro lugar.

O lugar certo é aquele que você está ocupando agora, quer lhe agrade ou não. Este corresponde à sua mentalidade no momento e pode não ser o seu lugar verdadeiro.

À medida que você vai se tornando auto-consciente, integrando os seus múltiplos aspectos e descobrindo a sua verdadeira natureza, fará com que o seu lugar verdadeiro e o lugar certo sejam um só.

Determine criteriosamente o seu verdadeiro lugar e avalie o seu lugar certo.

ALOHA MAHALO

Artigos

Limitações das Correntes

Limitações das Correntes

A consciência existente nas mais ínfimas moléculas, grita contra qualquer idéia de limitação, anseia por novas formas e experiências. Cada átomo, procura conscientemente unir-se a novas estruturas e significativas, fazem isso “instintivamente”.

Nós fomos investidos e investimos a nós mesmos, de mentes conscientes para dirigir:

  • a natureza,
  • o molde
  • e a forma de nossas criações.

Todas as nossas aspirações profundas e motivações inconscientes, todos os impulsos silenciados surgem da aprovação ou desaprovação da mente consciente e esperam sua orientação.

Quando abdicamos das funções da mente, deixamo-nos controlar pela experiência “negativa”.

Ao recusarmos nossa responsabilidade, ficamos à mercê aparente de eventos sobre os quais parece não termos qualquer controle.

Agradecimentos ao grupo Meta-física e ao amigo Luiz Garavello