Associação de Estudos Huna

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As Energias Não Se Perdem

“As energias não se perdem… Eu não preciso ir lá e fazer comícios para converter os outros, pois isso é coisa muito secundária!

Eu devo apenas continuar a viver na minha alta-voltagem de potencialidade espiritual.

Se eu tiver oportunidade para falar aos outros, então, tudo bem! Mas, o principal não é isso!

E então, quando um único homem chega à plenitude do amor ele beneficia a muitos milhões!

(…) Receberam uma irradiação, não se sabe donde – existe uma emissora longínqua que irradia suas ondas por todo o mundo, e algum receptor pega as ondas irradiadas não sabe donde vem e tem a vontade de não odiar mais, de não matar mais ninguém e passa ter a vontade de ter fraternidade com seus irmãos… Converte-se!

Eu não o posso converter, mas ele se pode converter. Mas eu posso criar em torno dele um ambiente, uma atmosfera, uma aura, uma vibração, uma egrégora tão propícia, que ele está enfastiado de seus ódios e está com fome de ser bom. Isto é a constância das energias das energias espirituais do mundo…

Nenhuma energia se perde, todas as energias se perpetuam e se transformam.

Por isso, se neste retiro silencioso, deste santuário do silêncio, aqui no meio do mato, houver uma só emissora de espiritualidade que tenha a experiência real da presença de Deus e que esteja com a vontade de viver de acordo com essa experiência em forma de vivência ética entre os homens, já temos então, o inicio da nova humanidade.

A nova humanidade não vem amanhã, diz o Mestre, o novo mundo não vai começar, o novo mundo já começou!… Mas, vós não o vistes!

Vós é que sois o novo mundo em embrião, em semente -potencialmente cada um de nós é o novo mundo, cada um de nós é o Reino de Deus!

Falta agora, passar da potencialidade para a atualidade, passar da semente para a planta e é por isso que nós estamos aqui, para despertar a nossa potencialidade e transformá-la em atualidade!

E depois, vem a consequência de tudo isto: a vivência ética e individual e social – que não é outra coisa do que o transbordamento irresistível da nossa experiência mística da presença de Deus.

Vamos abismarmos profundamente nesta verdade e que a possamos viver futuramente!”

Palestra do Prof. Huberto Rohden, feita num Retiro Espiritual, na Alvorada, gravada por J.B. Castro

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Minimamente Feliz

A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num “outdoor” em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.

Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele “outdoor” estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

‘Eu contabilizo tudo de bom que me aparece’, sou adepta da felicidade homeopática. Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.

Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: ‘Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos.’ Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular: ‘Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível’.

Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: ‘Comigo mesma’, respondeu. ‘Adoro conversar com pessoas inteligentes’.

Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem ainda não for bom de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam. Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.

Leila Ferreira, jornalista

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Bênção Nahuatl

Essa antiga bênção foi criada no idioma Nahuatl, falado desde o século VII na região central do México. Ela trata de perdão, carinho, desapego e libertação.

“Eu liberto meus pais do sentimento de que já falharam comigo.

Eu liberto meus filhos da necessidade de trazerem orgulho para mim, que possam escrever seus próprios caminhos de acordo com seus corações, que sussurram o tempo todo em seus ouvidos.

Eu liberto meu parceiro da obrigação de me completar. Não me falta nada, aprendo com todos os seres o tempo todo.

Agradeço aos meus avós e antepassados que se reuniram para que hoje eu respire a vida. Libero-os das falhas do passado e dos desejos que não cumpriram, conscientes de que fizeram o melhor que puderam para resolver suas situações dentro da consciência que tinham naquele momento. Eu os honro, os amo e reconheço inocentes.

Eu me desnudo diante de seus olhos, por isso eles sabem que eu não escondo nem devo nada além de ser fiel a mim mesmo e à minha própria existência, que caminhando com a sabedoria do coração, estou ciente de que cumpro o meu projeto de vida, livre de lealdades familiares invisíveis e visíveis que possam perturbar minha Paz e Felicidade, que são minhas únicas responsabilidades.

Eu renuncio ao papel de salvador, de ser aquele que une ou cumpre as expectativas dos outros.

Aprendendo através, e somente através, do AMOR, eu abençoo minha essência, minha maneira de expressar, mesmo que alguém possa não me entender.

Eu entendo a mim mesmo, porque só eu vivi e experimentei minha história; porque me conheço, sei quem sou, o que eu sinto, o que eu faço e por que faço.

Me respeito e me aprovo.
Eu honro a Divindade em mim e em você…
Somos livres.”

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Almas São Como Velas, Acendem-se Umas Nas Outras

Estamos vivendo um momento desafiador no mundo.
A sombra veio à tona.
O escondido está sendo revelado, e isso não se refere apenas à situação político-econômico-social, mas a cada um de nós.
A forma como reagimos a esse momento revela também nossas sombras. Isso não é ruim. Só podemos limpar a sujeira que enxergamos.
Mas ouça. Enquanto nos ocupamos em apontar a escuridão lá fora, nos outros, na política, naqueles que atacamos por pensarem diferente de nós, deixamos de agir e transformar o que nos cabe.
Nós mesmos.
Pense que cada um de nós tem dons e habilidades que servem ao todo. Uns tem uma mente clara e ótimas ideias, outros são ágeis em encontrar soluções criativas. Uns sabem usar agulhas para curar, outros têm o dom da oratória. Uns amam estar em grupo e iniciar movimentos que se expandam, outros preferem ficar no jardim cuidando de uma única sementinha.
O momento requer que cada um de nós descubra seu dom e o coloque a serviço do todo.
Existe algo que só você tem a dar, entende?
Precisamos evitar a armadilha de sermos sugados por essa ilusão coletiva que diz que o nosso destino está nas mãos de alguém, que não nós próprios.
Enquanto ficamos aguilhoados pela revolta, reclamando, atacando uns aos outros, alimentando essa onda que causa angústia e medo, deixamos de fazer a única coisa que poderia ser verdadeiramente revolucionária.
Existir.
Ser a luz que somos.
Não importa a sombra que nos rodeie, estamos aqui para manifestar nossa luz. Uma única vela acesa rompe a escuridão.
Se você for alguém influente na política, seja luz.
Se você for influente na educação, seja luz na educação.
Se for dono de um quiosque na praia, coloque amor ao preparar os sanduíches.
Onde quer que esteja, faça o seu melhor.
Pare de desperdiçar sua energia julgando, polarizando, atacando. Isso não resolve. Apenas aprofunda esse véu de separatividade e cega a todos nós.
Essa é a última tentativa da sombra de nos afastar de nós mesmos.
Temos um poder imenso e tudo pode se transformar se formos sábios e corajosos para fazer a única coisa que nos cabe.
Não se deixe iludir pelo que vê à sua volta. Respire. Faça o seu melhor. Vibre a luz que você é.
E confie!
Estamos a caminho!

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Praticando o Desapego

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário…
Perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: Diga a si mesmo que o que passou jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo…
– Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Encerrando ciclos, não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba…
Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais em sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Quando um dia você decidir a pôr um ponto final naquilo que já não te acrescenta.
Que você esteja bem certo disso, para que possa ir em frente, ir embora de vez.

Desapegar-se, é renovar votos de esperança de si mesmo.
É dar-se uma nova oportunidade de construir uma nova história melhor.
Liberte-se de tudo aquilo que não tem te feito bem, daquilo que já não tem nenhum valor, e siga, siga novos rumos, desvende novos mundos.

A vida não espera.
O tempo não perdoa.
E a esperança, é sempre a última a lhe deixar.

Então, recomece, desapegue-se!

Ser livre, não tem preço!