Associação de Estudos Huna

Posts by Antônio Telmo De Toni

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Por que Eu Gosto de Praticar Huna

Por Fernanda Luz*

O primeiro contato com Huna aconteceu numa tarde de domingo, daquelas em que o tédio parece uma entidade viva, ocupando todos os cantos da casa. Eu folheava uma revista antiga quando encontrei um artigo sobre filosofias havaianas. Ali estava, em letras pequenas, uma palavra que mudaria minha percepção: Huna.

Huna, explicava o texto, não é apenas uma filosofia, mas uma forma de viver em harmonia com o universo. Os antigos kahunas, os mestres havaianos, compreendiam que existem três aspectos do ser: o Eu básico (Unihipili), o Eu consciente (Uhane) e o Eu superior (Aumakua).

Como uma dança coordenada, esses três níveis precisam estar em sintonia para que a energia vital, o “mana”, flua livremente.

No início, confesso, parecia apenas mais uma dessas filosofias exóticas que atraem ocidentais em busca de respostas fáceis. Mas algo me fez dar uma chance. Talvez fosse o princípio chamado “Ike”, que significa “o mundo é o que você pensa que ele é”. Ou talvez o “Kala”, que nos lembra que “não há limites, tudo é possível”.

Comecei com práticas simples. A respiração Ha — inspirar visualizando luz, segurar brevemente e expirar pronunciando “Haaa(longo)” — tornou-se meu ritual matinal. Aos poucos, percebi que não era apenas um exercício físico, mas uma forma de conectar-me com o “mana”, a energia que permeia tudo.

Os sete princípios de Huna tornaram-se bússolas para minhas decisões cotidianas. “Makia” (concentração de atenção) me ensinou que onde vai a atenção, vai a energia. Quando me pego perdendo tempo com preocupações inúteis, lembro-me desse princípio e redireciono meus pensamentos.Mas o que realmente me conquistou foi “Aloha”, o princípio do amor. Não aquele amor romanesco das novelas, mas um amor consciente, uma presença diante da vida.

Aprendi que abençoar situações difíceis, em vez de resistir a elas, transforma não apenas a situação, mas principalmente a mim mesmo. E por via de consciência, desse aprendizado, foi fluindo em mim um profundo sentimento de gratidão.

Certa manhã, presa no trânsito de uma grande avenida, percebi que estava tensa, resmungando contra tudo e todos. Lembrei-me então de “Aloha” e decidi abençoar aquele engarrafamento. Não aconteceu nenhum milagre — o trânsito continuou lento — mas algo mudou dentro de mim. A tensão foi substituída por uma calma inesperada, como se aquela situação tivesse perdido o poder de me afetar negativamente.

Pratico Huna não porque acredito que isso me dará superpoderes ou uma vida sem problemas. Pratico porque, entre tantas filosofias que já experimentei, esta me ensinou algo precioso: a felicidade não está nos eventos externos, mas na forma como nos relacionamos com eles.

Não sou uma kahuna, nem pretendo ser. Sou apenas alguém que descobriu, através desses ensinamentos tão simples, que todos os dias podemos escolher entre resistir à vida ou fluir com ela. E quanto mais escolho fluir, respeitando os sete princípios, mais percebo que a “magia huna” não está em algum ritual exótico, mas na simplicidade de uma mente em paz.

Quando as pessoas me perguntam sobre Huna, geralmente esperam ouvir sobre práticas místicas ou experiências sobrenaturais. Desaponto-as com minha resposta simples: “Pratico Huna porque me ajuda a lembrar que sou responsável por minhas experiências e minhas escolhas e que tenho o poder de transformá-las através dos meus pensamentos e ações.

No mundo acelerado em que vivemos, onde a distração é constante e a ansiedade parece inevitável, encontrar uma filosofia que nos convida a respirar profundamente e a viver com presença é, no mínimo, um alívio.

E é por isso que, mesmo nos dias difíceis, continuo a praticar. Porque Huna não é sobre escapar da realidade, mas sobre criar uma realidade mais harmoniosa, começando pelo nosso mundo interior. E a prática diária me torna uma pessoa melhor para mim mesma e para os outros.

Por isso recomendo à todos o estudo e a prática da Huna. “Nana i ke kumu“– um dos ensinamentos mais profundos da Huna – significa: “olhe para a fonte”. E a fonte de toda transformação, descobri, está dentro de nós. Amama!

*Fernanda Luz, é terapeuta holística e autora de livros sobre espiritualidade. Fernanda, começou a escrever crônicas sobre suas experiências com práticas espirituais diversas, sendo a Psicofilosofia Huna sua principal referência.

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Pono

Na Psicofilosofia Huna, o princípio Pono representa a harmonia, a integridade e a retidão. Traduzido como “eficácia é a medida da verdade“, Pono nos ensina que não há um único caminho correto, mas sim múltiplas possibilidades para alcançar nossos objetivos.

O Significado de Pono

Pono está relacionado ao equilíbrio interno e externo. Quando estamos em Pono, nossas ações, pensamentos e emoções estão alinhados com nossa essência e propósito. Isso gera bem-estar e nos permite viver de forma autêntica, sem culpa ou ressentimentos.

Na visão Huna, o sofrimento surge quando nos afastamos da harmonia, seja por crenças limitantes, conflitos internos ou padrões negativos.

Recuperar o estado de Pono significa resgatar nosso poder pessoal e a capacidade de criar realidades mais positivas.

Pono na Psicologia e no Cotidiano

A aplicação de Pono na vida diária envolve assumir responsabilidade por nossas escolhas e buscar soluções que promovam equilíbrio e felicidade. Algumas formas de viver esse princípio são:

Autenticidade: Ser verdadeiro consigo mesmo e com os outros, sem medo de julgamentos.

Flexibilidade: Estar aberto a novas perspectivas e caminhos para resolver desafios.

Compaixão e Perdão: Liberar ressentimentos e agir com empatia para restaurar a paz interior.

Ação Consciente: Tomar decisões que promovam o bem-estar próprio e coletivo.

Pono também nos lembra de que eficácia é o critério da verdade. Se algo não está funcionando em nossa vida, podemos mudar nossa abordagem sem apego a crenças rígidas. O importante é encontrar caminhos que tragam resultados positivos e harmônicos.

Conclusão

Viver em Pono é viver em equilíbrio consigo mesmo e com o mundo. Quando cultivamos essa harmonia, fortalecemos nossa conexão com a vida e despertamos nossa capacidade de transformar desafios em aprendizados e crescimento.

Se deseja aplicar Pono em sua jornada, pergunte-se: “Minhas ações estão me levando a um estado de equilíbrio e felicidade?” Se a resposta for não, lembre-se de que sempre há novos caminhos para explorar e transformar sua realidade.

Como práticar Pono:

Aqui estão alguns exercícios práticos para aplicar o princípio Pono no seu dia a dia e cultivar mais harmonia e equilíbrio na vida.

  1. O Diário da Harmonia

Objetivo: Identificar áreas da vida onde há equilíbrio e onde há desafios a serem ajustados.

Como fazer:

No final do dia, escreva sobre três momentos em que você se sentiu em harmonia consigo mesmo e com os outros.

Anote também uma situação que gerou desconforto e reflita: O que posso mudar para trazer mais equilíbrio?

Pergunte-se: Estou agindo com autenticidade e eficácia nas minhas escolhas?

  1. O Jogo das Múltiplas Soluções

Objetivo: Desenvolver flexibilidade e desapego de crenças rígidas.

Como fazer:

Escolha um problema ou desafio atual.

Liste pelo menos três soluções diferentes para resolvê-lo.

Pergunte-se: Qual dessas soluções é mais eficaz e traz mais harmonia para minha vida?

Escolha uma e coloque em prática, sempre aberto a ajustes se necessário.

  1. Meditação do Perdão (Ho’oponopono)

Objetivo: Liberar ressentimentos e restaurar a paz interior.

Como fazer:

Encontre um lugar tranquilo, feche os olhos e respire profundamente.

Pense em uma situação ou pessoa com quem sente algum desconforto.

Repita mentalmente ou em voz alta as quatro frases do Ho’oponopono:

Sinto muito.
Me perdoe.
Te amo.
Sou grato(a).

Sinta o peso se dissolvendo e visualize a harmonia sendo restaurada.

  1. A Regra do Caminho Mais Leve

Objetivo: Tomar decisões baseadas na harmonia e na eficiência.
Como fazer:

Diante de uma escolha difícil, pergunte-se: Esse caminho traz leveza e equilíbrio ou causa resistência e sofrimento?

Escolha sempre a opção que gera menos conflito interno e mais fluidez.

Se perceber que está insistindo em algo que não está funcionando, esteja aberto a mudar a abordagem.

  1. O Espelho da Autenticidade

Objetivo: Avaliar se estamos vivendo de acordo com nossa verdade.
Como fazer:

Olhe-se no espelho e pergunte-se: Estou sendo verdadeiro(a) comigo mesmo(a) ou estou tentando agradar os outros?

Observe suas expressões e sinta se há alguma resistência ou desconforto.

Se perceber que está se afastando da sua essência, faça um compromisso consigo mesmo para agir com mais autenticidade.

Conclusão:

Praticar Pono é um processo contínuo de alinhamento entre pensamento, sentimento e ação. Ao aplicar esses exercícios no dia a dia, você se torna mais consciente de suas escolhas e desenvolve um estado de harmonia consigo mesmo e com o mundo ao seu redor.

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O princípio de Mana

Na Psicofilosofia Huna, o princípio de Mana refere-se à energia vital, ao poder espiritual que flui através de todas as coisas. Esse conceito é semelhante ao Chi na tradição chinesa ou ao Prana na tradição hindu.

Segundo os ensinamentos Huna, Mana é a força que nos conecta ao universo e pode ser direcionada pela intenção e pela vontade. O uso adequado dessa energia permite a manifestação de mudanças na realidade, a cura e o equilíbrio interior.

O Mana pode ser aumentado e canalizado por meio de práticas como:

Respiração consciente (para absorver mais energia vital);

Oração e meditação (para fortalecer a conexão espiritual);

Ação com intenção (agir com confiança na realização dos objetivos);

Ritual Ho’oponopono (para purificação e restauração do fluxo energético).

Na visão Huna, o Mana não é algo fixo ou limitado. Ele pode ser recarregado e redistribuído, especialmente através do amor, da harmonia e da prática do perdão.

Aquele que compreende e cultiva o Mana torna-se mais consciente de seu poder pessoal e de sua capacidade de criar a realidade ao seu redor.

Como aumentar e direcionar Mana no dia a dia

Aumentar e direcionar Mana no dia a dia é um dos fundamentos da Psicofilosofia Huna para fortalecer o poder pessoal e criar mudanças positivas na vida. Para isso, podemos usar práticas simples e eficazes que ampliam a energia vital e nos ajudam a utilizá-la de forma consciente.

Como Aumentar o Mana

  1. Respiração Consciente

A respiração profunda e ritmada (como a respiração Ha) ajuda a absorver e circular o Mana.

Técnica: Inspire profundamente pelo nariz contando até 4, segure por 4 segundos e expire pela boca contando até 4. Repita várias vezes.

  1. Alimentação e Hidratação

Alimentos naturais e água pura ajudam a manter o fluxo de energia.

Evitar alimentos ultraprocessados e excesso de toxinas preserva o Mana.

  1. Contato com a Natureza

Estar ao ar livre, tomar sol, pisar na terra e sentir o mar são formas poderosas de recarregar o Mana.

  1. Movimento e Exercício

Atividades físicas, dança, artes marciais ou caminhadas estimulam a circulação do Mana no corpo.

  1. Alegria e Gratidão

Emoções positivas aumentam naturalmente a energia vital. Praticar gratidão e se cercar de boas companhias eleva o nível de Mana.


Como Direcionar o Mana

  1. Intenção Clara

O Mana segue o pensamento. Definir objetivos claros e acreditar neles canaliza a energia na direção desejada.

  1. Visualização Criativa

Imaginar uma luz ou um fluxo de energia circulando dentro e ao redor do corpo fortalece o uso consciente do Mana.

  1. Oração e Meditação Huna

A oração Huna e o Ho’oponopono são práticas que ajudam a alinhar a energia com o Eu Superior (Aumakua).

  1. Gestos e Símbolos

Os Kahunas (mestres Huna) usavam gestos específicos e símbolos para direcionar o Mana, como desenhar formas no ar ou mentalizar um fluxo de luz nas mãos.

  1. Ação Consciente

O Mana se manifesta melhor quando aliado à ação. Pequenos passos em direção ao que se deseja fortalecem o fluxo energético.

Praticando essas técnicas, você pode manter um alto nível de Mana e usá-lo para transformar sua vida de maneira positiva e equilibrada.

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A Força Vital na HUNA

O Segredo da Energia Espiritual na Filosofia Huna

Você já sentiu que há algo maior guiando sua vida? Como se uma força invisível estivesse presente, ajudando ou dificultando seu caminho? Às vezes, a vida flui com leveza e tudo parece dar certo.

Em outros momentos, sentimos bloqueios, como se algo nos impedisse de avançar.O que será que causa essa diferença?

Na filosofia Huna, os antigos sábios havaianos nos ensinam que existe uma energia vital chamada mana. Ela flui dentro de nós e ao nosso redor, sustentando tudo o que existe. Quando sabemos direcioná-la, podemos usá-la para curar, equilibrar e manifestar nossa realidade.

Mas para que essa energia flua livremente, precisamos de algo essencial: harmonia interior.

Os Três Aspectos da Mente e o Fluxo do Mana

A Huna nos ensina que nossa mente não é uma entidade única, mas composta por três partes interconectadas:

🔹 Unihipili – a mente subconsciente. É onde residem nossas memórias, emoções reprimidas e padrões automáticos. Como um oceano profundo, ela guarda tanto nossos traumas quanto nosso poder criativo.

🔹 Uhane – a mente consciente. É a parte racional, que analisa, faz escolhas e toma decisões. Representa nossa identidade no mundo e é responsável por direcionar o fluxo do mana.

🔹 Aumakua – o Eu Superior. É nossa conexão com o divino, a parte mais sábia e elevada de nosso ser. Ele transcende tempo e espaço, guiando-nos com amor e proteção.

O segredo para um fluxo de energia saudável está no alinhamento desses três aspectos. Quando a mente subconsciente está carregada de medo, culpa ou ressentimento, o fluxo do mana se bloqueia. Nosso consciente se perde em dúvidas e inseguranças, e a conexão com o Eu Superior se enfraquece.

Mas quando há equilíbrio, a energia espiritual se fortalece. A vida se torna mais fluida. As respostas certas chegam no momento certo. Nos sentimos mais conectados, protegidos e em sintonia com nosso propósito.

Como Purificar e Fortalecer sua Energia Espiritual

Se queremos que nossa energia flua livremente, precisamos aprender a cuidar do nosso estado interno. A Huna nos ensina que existem três chaves essenciais para isso:

Gratidão – A gratidão é uma força poderosa que eleva nossa vibração. Quando agradecemos pelo que já temos, enviamos um sinal ao universo de que estamos prontos para receber mais. A energia do mana se expande, e passamos a atrair mais experiências positivas.

Perdão (Ho’oponopono) – Muitas vezes, é o passado que nos prende. Mágoas não resolvidas, ressentimentos e culpas se acumulam em nosso subconsciente, bloqueando o fluxo da energia. O Ho’oponopono, uma das práticas mais poderosas da Huna, nos ensina a limpar essas memórias através do perdão e da reconciliação.

Meditação e Conexão Interior – Nossa mente consciente precisa silenciar para ouvir a voz do Eu Superior. Quando meditamos, respiramos profundamente e nos conectamos com nosso interior, abrimos um canal direto com o Aumakua. É nesse estado de paz que recebemos insights, proteção e sabedoria para seguir nosso caminho.

O Poder de Escolher sua Realidade

Muitas pessoas vivem como se estivessem à mercê do acaso. Acreditam que a vida acontece de fora para dentro, que são vítimas das circunstâncias. Mas a Huna nos ensina o contrário: nós somos cocriadores da nossa realidade.

Quando tomamos consciência do fluxo do mana e aprendemos a direcioná-lo, percebemos que temos mais poder sobre nossa vida do que imaginávamos. Cada pensamento, cada emoção, cada intenção influencia diretamente a energia que emitimos – e, consequentemente, aquilo que atraímos. Então, a pergunta que fica é: você está nutrindo sua energia ou bloqueando seu próprio caminho?

A resposta está dentro de você.

Se escolher a gratidão, o perdão e a conexão com o Eu Superior, verá sua vida se transformar. Sentirá mais harmonia, mais proteção e mais realização.

O fluxo do mana está sempre presente, esperando que você o direcione.

Confie, alinhe-se, transforme-se.

Confie no poder do mana e transforme sua realidade e sua vida! Você já tem tudo o que precisa para criar a vida que deseja. Os ensinamentos da Huna apenas despertam esse poder que sempre esteve aí, dentro de você.