Associação de Estudos Huna

Posts by Nery Nalin Seitz

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Temas do encontro em Veranópolis

Palestra interativa: Construindo uma Orgonite Selfica
Com: Luiz Francisco Garavello

Orgonite

Orgonite: O termo “orgonite” foi primeiramente usado pelo pesquisador Karl Welz para designar a sua mistura de metal-resina-quartzo em meados da década de 90. A orgonite é feita de resina industrial, limalhas de metal e cristal de quartzo. A orgonite gera Orgone Positivo (‘Positive Orgone’ ou ‘POR’) enquanto absorve e transforma Orgone Mortífero (‘Deadly Orgone’ ou ‘DOR’) em Orgone Positivo. Portanto a orgonite funciona como um gerador de orgone, bastante diferente dos Acumuladores de Reich que apenas acumulam o Orgone sem o modificar. Dr. Wilhelm Reich (1897-1957) teve uma rica trajetória que o levou desde a Psicanálise, passando pela Biologia e pela Física. Buscou a cura do câncer durante anos. Considerava os tumores como o último dos estágios da doença. Acreditava que os desequilíbrios psíquicos eram o resultado de anos com sintomas aparentemente não relacionados com o câncer.

Orgone (mana): Está em todo o lado, na atmosfera, nos rios e no mar, na terra, nas plantas, animais e também nas pessoas. Um estado saudável de Orgone (Orgone Positivo) pode ser encontrado, por exemplo, num grupo de pessoas que se divertem, numa floresta, no topo de uma montanha ou nas brincadeiras de um grupo de golfinhos. O Orgone Positivo é expansivo, feliz, solar e inclusivo. Promove o crescimento e a abundância. No outro lado está o Orgone Mortífero: rígido, contraído, sem coração, frio e seco. Muitas das características do Orgone Mortífero têm sido erradamente atribuídas à natureza da Humanidade: a ganância, inveja, egoísmo, etc. – todas estas emoções nascem do Medo.

Selfica: É a disciplina que envolve a concentração e direção de energias vitais e inteligentes. Foi amplamente utilizada em Atlântida com vestígios do seu uso encontrado nas culturas egípcias, etruscas e celtas. Os árabes antigos usavam Selfica até o século VIII A.C.. O uso de estruturas em espirais metálicas, combinações geométricas, cores e minerais são capazes de acolher “energias inteligentes” (mana).

Luiz Francisco Garavello – Pesquisador de Huna e de outras escolas de autoconhecimento. Fez parte do grupo privilegiado de brasileiros que participou do Seminário Internacional Huna em 1993 no Havaí. Editou alguns números da revista “Petroglifo” com temática Huna e o Havaí. Escreveu vários artigos para o Boletim Huna. Produziu o vídeo Huna o Segredo do Havaí.

 

Palestra: Existem várias traduções da palavra Kabbalah ou seja Cabala em português, mas a real é: Conhecimento para poucos.
Com: Octacílio Cerqueira Junior

A Cabala do nome ou do seu chamamento esclarece as áreas principalmente da personalidade, do modo de proceder, mostra fases de vida, mudanças programadas incoscientemente e além disso coincidências (que não existem) com seus antepassados e muito mais. Mostra a responsabilidade da mãe e a interferência de terceiros na hora da escolha do nome.

Obrigado pela oportunidade
Octacilio Cerqueira Junior, vivendo atualmente em Garibaldi – RS
Prof. de matemática, operador de bolsa de valores desde 1970 e atualmente aposentado

 

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Ponderações

A Huna se repete na linha do Tempo, na Yoga, no Tao, no Budismo, no Sufismo, no Judaísmo, no Cristianismo.

Às vezes a raiva tem origem na mentalidade “ou é do meu jeito ou não tem jeito”. Se você sente raiva quando as coisas não saem do seu jeito, pense no seguinte: se nosso jeito é o perfeito por que estamos neste mundo?

Estamos nesse mundo para mudar nossa percepção, mudar nossos sentimentos, mudar de ideia.

Existimos para poder mudar nossa maneira de observar os fatos.

Talvez o que percebemos como sendo o certo simplesmente não seja.

Se quisermos enxergar uma nova realidade, temos que parar de empurrar nossa realidade goela abaixo e estar abertos para enxergar um jeito novo.

Essas frases de um rabino simplesmente repetem Pono: “Sempre há uma outra maneira de se fazer a mesma coisa”

Prof. Alberto Dias / São Paulo

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Ho’oponopono

Eu limpo para estar na Presença de Deus. Uma vez lá, a Divindade me dará tudo que é perfeito e correto para mim. Eu só sei isso. Esta é a Meta da minha vida. Se eu tenho qualquer meta ou objetivo, é estar na Presença de Deus.

Dr. Ihaleakalá Hew Len – 23 de Janeiro, 2008

Em Havaiano, Ho’o significa “causa”, e ponopono quer dizer “perfeição”, portanto Ho’oponopono significa “corrigir um erro” ou “tornar certo”.

Você pode através desse sistema se livrar das recordações que tocam repetidamente na sua mente (aquela conversa mental interna incessante – principalmente depois de situações estressantes e desagradáveis) e encontrar a Paz.

Sem os pensamentos se repetindo, sem crenças limitadoras, sem condicionamentos, sem as lembranças dolorosas, um espaço vazio se abre dentro de você. O Ho’oponopono lhe permite soltar estas recordações dolorosas, que são a causa de tudo que é tipo de desequilíbrios e doenças. Na medida em que a memória é limpa, pensamentos de origem Divina e Inspiração ocupam o vazio dentro de você. A única coisa que devemos fazer é limpar; limpar todas as recordações, com quatro simples frases que abrangem tudo:

Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato.

As frases estão relacionadas às quatro jóias de Jesus: Compaixão – Humildade – Amor – Gratidão.

Lembrem-se, um problema é uma memória repetindo uma experiência do passado. O Ho’oponopono é um apelo a Divindade para cancelar as memórias que estão se repetindo como problemas. O Dr. Len mantém essa frase em mente sempre: “a paz começa comigo”, é o que ele procura praticar embora ainda tropece vez ou outra.

Com o Ho’oponopono estamos assumindo a responsabilidade pelas memórias que compartilhamos com as outras pessoas. Pesquisas mostram que a todo momento existem 11 milhões de “bits” de informação em nossa volta, mas só percebemos 15 “bits”, e são em cima desses “bits” que julgamos as coisas! Portanto, não sabemos o que realmente está acontecendo. Então dizemos para a Divindade: “se existe algo acontecendo em mim que me faça vivenciar as pessoas de determinada maneira, eu gostaria de liberar isso”. Largando de mão essa vontade de consertar as coisas, de mudar as pessoas, deixando Deus fazer, nós mudamos nosso mundo interior o que causa uma mudança também no mundo externo.

Ser 100% responsável é um caminho de pedras, por ser o intelecto tão insistente. Quando nos ocorre um problema o intelecto sempre busca alguém ou alguma coisa para culpar. Insistimos em procurar fora de nós a origem dos nossos problemas.

A kahuna* Morrnah Simeona, professora do Dr. Len, ensinava que: “estamos aqui somente para trazer Paz para nossa própria vida, e se trazemos a Paz para nossa vida tudo em nossa volta descobre seu próprio lugar, seu ritmo e Paz”.

Esta é a essência do processo Ho’oponopono.

* “Kahuna” em Havaiano significa “guardião do segredo”

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Coragem

“Façamos da interrupção um novo caminho.
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro” – William Shakespeare

Na definição livre e poética de Wikipedia, CORAGEM – do latim coraticum, do francês courage – é a habilidade de confrontar o temível som de discórdia, a difícil vida, o amor, a certeza ou a intimidação. O homem sem temeridade motiva-se a ir mais além. O medo pode ser constante, mas o impulso o leva adiante. CORAGEM é a confiança que o ser possui em momentos de temor ou em situações difíceis. É aquilo que o faz viver, ultrapassando as barreiras do medo. É a força invisível para combater momentos tenebrosos da vida.

Platão relaciona a CORAGEM com razão e dor. Para o filósofo grego, CORAGEM é o uso da razão (no sentido amplo que inclui aspectos emocionais) a despeito do prazer. É a coerência com os princípios próprios de cada um. Trata-se da auto-observação que faz agir.

Os animais irracionais também demonstram CORAGEM, principalmente devido aos seus instintos primitivos e pela necessidade de sobrevivência e manutenção da espécie. Por exemplo: um pássaro que sai do seu ninho sente que pode morrer, mas a necessidade de sobrevivência fala mais alto nele, fazendo com que surja a CORAGEM para lançar voo.

Os seres humanos, diferentemente dos outros animais, tem um psiquismo muito influente em suas atitudes. Com isto, seus medos e superações variam muito de uns para outros, dependendo das características que trazem, dos seus talentos naturais, que podem sofrer influências do ambiente e do verniz educacional. Ou seja, a CORAGEM no Homem está sujeita às suas crenças de acordo com seu Sonho Básico de Vida.

Segundo Ghandi, “a primeira qualidade do caminho espiritual é a CORAGEM. O mundo parece ameaçador e perigoso para os covardes. Estes procuram a segurança mentirosa de uma vida sem grandes desafios e armam-se até os dentes para defender aquilo que julgam possuir. Os covardes acabam construindo as grades da própria prisão”.

Quanto à antítese de CORAGEM, que é o medo, de acordo com Sebastião de Melo, ele aparece em todas as situações da vida, quer seja pela destruição, causada pelas guerras frias que transformaram pessoas em inseguras, como também pela própria ignorância (falta de visão interior), que tira as perspectivas de um futuro com tranquilidade e paz. O Homem perdeu a confiança em seu poder, no mana dentro de si. Somente será livre quando acreditar plenamente que O MUNDO É O QUE ELE PENSA QUE É, conforme o Primeiro Princípio do Xamanismo Havaiano.

Com tanta carga de ignorância que o acomete, o ser humano acovardou-se, muitas vezes afastando-se da sociedade, pensando que só encontrará inimigos em potencial e, desta forma, refugiou-se em casa e em si mesmo, tornando-se vítima da valorização e quase obsessão da violência.

Apesar de tudo ter concorrido para que o medo impere em nossas atitudes, não saiu completamente de nosso interior o divino que há dentro de nós, que pode se manifestar nos momentos de harmonia entre uhane e unihipili. Basta lembrar o Sexto Princípio do Xamanismo Havaiano, segundo o qual TODO PODER VEM DE DENTRO.

Em paralelo a este medo atual que foi descrito, surge a CORAGEM que repousa dentro de nós, de acordo com nossas potencialidades, oriundas do Talento Esclarecimento, que aparece na redução das Limitações. Todo este processo se manifesta no corpo físico.

A CORAGEM também pode ser definida como uma força invisível diante de situações perigosas ou difíceis com que nos defrontamos em nosso dia a dia. A dificuldade ou perigo da situação é proporcional ao tamanho do apego envolvido.

A CORAGEM abrange o aspecto de grandeza de espírito: coragem de assumir suas opções, ações e consequências – que em diversas ocasiões é dificultada pelos nossos apegos morais, que caminham com nosso orgulho pessoal diante de fatos, situações e até mesmo fantasias. Para Nietzche, o medo é o pai da falsa moralidade.

Nos estudos de Martin Heidegger, a morte pode despertar em nós dois sentimentos: o medo e a angústia. O medo nos faz não pensar na morte, para não enfrentarmos a situação, adiá-la, esquecê-la. Mergulhamos em ocupações e até conversamos sobre a morte dos outros, mas não encaramos a nossa, que um dia chegará para outras existências. Tal pensamento nos remete ao Desafio Procrastinação, do Quarto Princípio do Xamanismo Havaiano, Manawa, segundo o qual O MOMENTO DE PODER É AGORA.

Para Heidegger, o medo nos convida a viver na impropriedade; não atribuímos sentido, deixamos que os outros e as circunstâncias o atribuam; nos alienamos de nós mesmos, vivendo sempre correndo com nossas agendas cheias de nossas distrações que nos ocupam. Vivemos num sentido impróprio, que não aponta em direção alguma, como uma finalidade sem fim. Constata-se aí o Desafio Confusão, relacionado ao Princípio Makia do Xamanismo Havaiano, onde A ENERGIA SEGUE O FLUXO DO PENSAMENTO.

Na análise da psicoterapeuta Maria de Melo, autora da obra “A Coragem de Crescer – Sonhos e Histórias para Novos Caminhos”, Editora Agora, 2013, a CORAGEM “vem de dentro, do mais profundo da gente. Ela exige estrutura de personalidade, alma forte”.

Maria de Melo ainda menciona a importância da Humanidade para levar ao pé da letra a expressão “criar coragem e mudar o rumo das coisas”. Diante disto, sugere:

  • Entender seus medos: uma pessoa corajosa não é alguém que não tem medo, mas aquele que não se deixa paralisar por ele. Um certo nível de receio, cuidado e zelo são normais, perante grandes desafios; porém os corajosos se mantem firmes em suas decisões.
  • Separe o que é fato daquilo que é fantasia: muitas vezes os riscos estão apenas na mente, isto é, são baseados em crenças, suposições e fantasias. Entender a base originária desses medos é essencial para se criar CORAGEM necessária para agir.
  • Seja humilde: é a humildade da autoaceitação que nos dá a força verdadeira. Sem humildade se pode cair na tentação de culpar os outros e a sociedade pelos medos e não enxergar a si mesmo, como único responsável pela falta de CORAGEM (na abordagem Huna – o mundo é aquilo que você pensa que ele é).
  • Assuma os riscos: CORAGEM também significa assumir desafios, mas sempre de maneira calculada, no jogo da vida. Correr riscos não é ser descuidado, ou não enxergar o perigo. A CORAGEM tem clareza. A pessoa vê as coisas e, por isso, é prudente. A prudência, se passar do ponto, é um medo disfarçado que pode nos tornar covardes (na abordagem Huna – procrastinação).
  • Experimente: muitas vezes o medo deriva do que é desconhecido. Tem sempre aquele frio na barriga antes de começar, mas depois a coisa acaba fluindo. É como aquela pessoa que tem medo de água, mas dá o passo de se inscrever num curso de natação. Ela substitui a crença do “será que eu consigo”, para o “vou tentar” (na abordagem Huna – já consegui!).
  • Dê o primeiro passo sozinho – apesar das dicas anteriores, criar CORAGEM exige uma atitude pessoal e intransferível, por mais apoio que se receba da família, dos amigos e do terapeuta. O primeiro passo é sempre feito pela própria pessoa. É a vontade dela que desenvolve a CORAGEM. Sem vontade, não há CORAGEM.

A vida em si não tem sentido, pois somos nós que atribuímos um significado para ela, de acordo com as possibilidades trazidas para as vivências do Sonho Básico de Vida. Destrinchar a Ignorância, as Limitações, a Confusão e a Procrastinação é, em síntese, um grande ato de CORAGEM.

Maria Rosalina Gonzaga Bueno / maio de 2014